sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A visita do tio Óscar


Porquê prestar atenção aos Óscares? Nada como começar a nova rubrica deste "A sequela do remake", em pleno acto de renascimento, por responder a uma questão que me é sempre colocada por quem não vê valor no careca dourado. Talvez a resposta resida no facto de eles terem razão: os Óscares não têm valor para o espectador, pelo menos mensurável e objectivo. São fruto da opinião de um conjunto de artistas e sendo que o cinema norte-americano é habitualmente o mais popular, ganham uma importância superlativa. No entanto, para quem acompanha habitualmente as estreias de cinema e quem gosta de especulação, acompanhar esta corrida (que não tem outro nome)é sempre um rpazer e um desafio.
Entrámos na fase de decisões de quem será nomeado (anúncio marcado para 22 de Janeiro). As nomeações para os SAG (Screen Actors Guild) foram anunciadas esta semana e estamos a falar de um conjunto de pessoas que perfaz 80% dos votantes da Academia. A Academia dos Óscares reúne profissionais das várias categorias a concurso e a dos actores, que constituem o SAG, é a maior. Juntamente com estes, os prémios da DGA (realizadores), PGA (produtores) e WGA (argumentistas), darão certezas quanto aos nomeados. No entanto, com as nomeações para os Globos de Ouro e prémios das associações de críticos já anunciadas, pode-se fazer uma compilação daqueles filmes que terão melhores hipóteses de surgirem, dia 22, na lista de concorrentes directos à ambicionada estatueta. Nestas próximas semanas, esta rubrica acompanhará a corrida e analisará os candidatos com maior pormenor. Esta semana, deixa-se a lista das obras com maiores hipóteses nesta altura do campeonato, por ordem de favoritismo e link para a página no IMDB.

1 - "Slumdog Millionaire"
2 - "The curious case of Benjamin Button"
3 - "Milk"
4 - "Frost/Nixon"
5 - "Doubt"
6 - "The dark knight"
7 - "Wall-E"
8 - "The wrestler"
9 - "Revolutionary road"
10 -"Rachel gettin married"

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

"Dværgen - The Sinful Dwarf" (1973)

Pois é, meus caros... Valeu a pena esperar!
A pressão era muita, as expectativas enormes, mas cá está, finalmente, a review do Sinful Dwarf!
Sem dúvida que esta é uma daquelas películas que fica na memória durante algum tempo, como quando vemos um bom épico ou um daqueles filmes fortes e cheios de conteúdo. Este fica, mas não por estes motivos...
O filme que vos apresento é uma pérola do cinema exploitation, mais precisamente um belo exemplar do dwarfsploitation. Passando por Freaks de Tod Browning até ao filme de Werner Herzog (Auch Zwerge Haben Klein Angefangen), os anões no cinema sempre foram fascinantes. As aventuras do nosso amigo Olaf oscilam entre o mau gosto e o puro nojo, entre a pornografia e a violência gratuitas.
Sinful Dwarf tem tudo o que podemos desejar de um bom exploitation: miúdas nuas e aprisionadas, sujeitos malvados e personagens sinistras. Argumento? A premissa é básica: um casal sem grandes meios económicos muda-se para uma casa onde habita o mistério. O resto é a magia do cinema. Sim, as miúdas são maltratadas! No entanto a nossa simpatia vai sempre para o jovem Olaf com as suas fantasias sexuais e os seus brinquedos de criança. Actores conhecidos? Esta pérola, através dos seus actores, tem ligações que vão do filme Häxan à série de filmes Agent 69 - Jensen. Uma das actrizes trabalhou com o melhor realizador sueco de todo o sempre. Mac Ahlberg, que vocês nem devem conhecer.
Otários!
Vejam o filme e divirtam-se.
Sequela? Remake? Gostava de ver!


Fica um agradecimento especial pela participação na elaboração deste post ao Bruno Padilha. Sem ele o mundo não conheceria esta pérola do cinema!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Miúdas sem necessidade de remake

ALEXANDRA MARIA LARA

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Control 2007

Control é um filme de Anton Corbijn, simples e de uma beleza visual unica. Este filme conta a historia de Ian Curtis, um génio que morreu antes de ser verdadeiramente descoberto, vocalista dos Joy Division, banda que apesar de carreira curta influenciou muitas outras. O actor que veste a pele de Ian é o actor Sam Riley um desconhecido no mundo da sétima arte, as semelhanças fisicas são muitas e a representação perfeita.
Um filme do qual nunca irei ver um remake nem uma sequela.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Aniversário

David Caruso faz hoje ano. O blog deixa a sua homenagem a um dos grandes graníticos dos nossos ecrãs, com esta colecção de tiradas pré-genérico, com óculos escuros incluídos, de "CSI Miami".

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"The mothman prophecies" (2002)


Desde o final da década de 60 que estava deitadinha, à espera que alguma luminária do cinema lhe pegasse, uma história real onde a linha da própria realidade e da ficção é um pormenor da maior importância: o conjunto de fenómenos que se sucederam entre 1966 e 1967, em Point Pleasant, na Virgínia Ocidental. A responsabilidade foi atribuída a uma entidade vaga, com forma definida, mas intenções e ligações a tudo estranhas, chamada Mothman, pegando numa personagem da série televisiva "Batman", que passava na altura na televisão. O caso foi descrito pelo jornalista John Keel, na excelente e bizarra obra "The mothman prophecies". Envolve a criatura Mothman, OVNI, homens de negro, poltergeist, fenómenos psíquicos e profecias; e é tudo de uma lógica que não parece fácil de rebater.
Quase 40 anos depois, alguém se lembrou da história e surgiu o filme. Um aviso: a fita, em termos de conteúdo, não faz justiça ao imenso planalto de biasma que é o livro. Mas isso seria impossível de conseguir numa longa-metragem. Uma série de televisão era o mais adequado. No entanto, um produtor menos temerário lançou-se a uma empreitada quase impossível e o resultado é uma experiência estranha, um filme daqueles em que a imagem é como fumo que se entranha. Foi necessário, claro, atalhar pela história do livro e no filme, o enquadramento é diferente: John Klein (Richard Gere) é um respeitado comentador político do Washington Post, que no auge da sua felicidade com a mulher, a vê morrer, não sem antes esta desenhar interminavelmente em folhas a mesma sombria criatura. Desolado pelo acontecimento, Klein é um homem à deriva e numa noite em que viaja de carro, dá por si a fazer 1600 quilómetros em três horas, parando em Point Pleasant, Virginia, onde vai bater à porta de um homem que lhe diz que ele esteve ali nas duas noites anteriores, à mesma hora. Isto é apenas o princípio de uma história que o junta a Connie Mills (Laura Linney), a xerife local.
Menos um filme de terror do que um exercício de como entrar na nossa mente e remexê-la um pouco retorcidamente, "The mothman prophecies" tem o visual de um filme experimental, com alguns efeitos de baixo orçamento e aquela noção de que uma banda sonora penetrante e saber jogar com a luz e a sombra são truques básicos para nos convencer de que estamos a ver mais do que realmente vemos. Mark Pellington realizara já videoclips e é o autor do estilizado genérico de "Homicide: Life on the street". Para além disso, com o seu "Arlington road", obra inicial da sua carreira, soubera que a paranóia é uma excelente matéria cinematográfica. Com este filme, Pellington não cai na tentação de faezr uma adaptação literal, mas sim de nos provocar os mesmmos arrepios, sentimentos e desconfianças que Keel descreve no livro; e consegue-o. Uma sequência em particular, em que Klein fala ao telefone com uma omnisciente entidade que dá pelo nome de Indrid Cold é particularmente enervante e assustadora. Destaque para a dupla de actores, a banda sonora de Tomandandy (muito boa mesmo) e fica o repto para que leiam mais sobre este estranho caso.
Não é um remake do livro e dificilmente dará uma sequela.

sábado, 5 de janeiro de 2008