quarta-feira, 19 de setembro de 2007

"Missing in action" (1984)

Chuck Norris. O homem que para as novas gerações será esse paladino da justiça e dos rodeos, Cordell Walker, ranger num estado qualquer no Sul dos EUA, é para aqueles que fazem zapping pelas nossas televisões um tipo anda mais duro, um soldado ao qual são entregue as missões mais impossíveis. Um fenómeno de culto recente da Internet.
Ao contrário da carreira de acção chunga de Scwarzenegger, a de Norris não se caracteriza por uma certa leveza transpota pelos one-liners e um tom slapstick nas matanças. O já tratado "Commando" tem quase tanto de comédia como de acção. A filmografia de Norris é de mais dureza: habitualmente, Chuck faz de homem rijo, granítico, que raramente se ri e nunca, mas nunca, diz uma piada quando mata alguém. É um tipo que leva os valores americanos a peito, contrariamente ao austríaco. Ele não se limita a representá-los, acredita piamente neles. É patente isso em filmes como "Invasão EUA", onde um russo lidera uma guerrilha sul-americana numa invasão aos país de todos os países (a imaginaçao fervilhante dos argumentiststas deste tipo de filmes poderá ser abordada aqui, num countdown das ideias mais bizarras já postas num filme de acção) e Norris é o único preparado para a ameaça.
Com obras como esta, ou a saga "Força Delta", ou mesmo "Mcquade - Lobo solitário", seria difícil destacar uma. No entanto, de acordo com o paradigma Reaganiano, atrilogia "Missing in action" (em português "Desaparecido em combate") é a opção óbvia. Aqui, Norris é James Braddock, um coronel regressado do Vietname que não consegue viver com a sua própria consciência (a mesma que lhe permitirá matar indiscriminadamente tudo o que mexe na hora e meia seguinte de filme), pois deixou dezenas de camaradas na mãos dos malvados vietnammitas e ninguém no exército norte-americano os quer ir buscar. Ele toma o assunto nas próprias mãos e decide passar o Vietname mais incisivo que uma chuva de napalm, numa busca desenfreada pelos camaradas caídos. Todo o filme está preparado para Norris, seja com os seus mítyicos pontapés rotaticvos, ou a sua técnica primitiva de rebentar gargantas com as mãos nuas. No final, ficamos a pensar que os norte-americanos tivessem enviado Norris sozinho para a guerra do Veitname, o resultado podia ser outro. Podemos chamar a este efeito o revisionismo histórido de Reagan. Afinal, a principal exportação de Chuck
Norris é a Dor. Com D grande mesmo.

Eis um filme que teve duas sequelas, e um remake em 2003, mas no Iraque.


Um comentário:

LupinLongo disse...

o meu favorito é sem duvida o lobo solitario, acho que se deveria falar desse grande filme neste blog.